Saúde e Felicidade no Trabalho: Fatores Caminham Lado a Lado

Novas formas de trabalho em equipa e novos líderes

As pessoas felizes têm mais cuidado com elas próprias, preocupam-se com a saúde física e mental e tomam atitudes referentes a isso, como a prática de exercício físico regular, alimentação equilibrada e boas noites de sono. A sociedade moderna está em permanente mudança e confronta-nos diariamente com novos estímulos, novas descobertas e novos desafios. Por isso, é necessário encontrar um equilíbrio a nível profissional e pessoal, é muito importante para conseguirmos preservar a nossa saúde mental.

Na semana passada participei como orador no Career Summit, na Casa da Música no Porto. Aproveitei a ocasião para ouvir outros profissionais relacionados com a gestão de pessoas e constatei que é um momento de grandes mudanças no mundo do trabalho e para o mundo empresarial, que começa agora a dar muita importância ao tema da saúde mental e felicidade no trabalho.

Com a aparecimento da pandemia muitas das formas de trabalho, que os especialistas da área mencionavam como o futuro, começaram a ser utilizadas. Os gestores de pessoas tiverem de criar condições para que todos os seus colaboradores conseguissem realizar as suas funções à distância e agora em formato híbrido.

Nesta conferência abordei o tema da felicidade, ou como eu gosto de chamar, de equilíbrio. A felicidade ganha espaço nas empresas, e a saúde emocional está profundamente ligada com o bem-estar físico, ou seja, pessoas felizes ficam menos doentes e sentem-se mais saudáveis do que aquelas que nutrem emoções negativas. Por isso, é fundamental que a empresa se preocupe com a saúde dos seus colaboradores.

Considero que neste período de trabalho remoto, ou não, é importante que o líder se mantenha mais próximo dos colaboradores para entender os desejos, as necessidades, as dificuldades e as expectativas de cada um. O líder tem de ter a capacidade de os motivar para que consigam ter uma vida equilibrada e obter satisfação com o desempenho do seu trabalho.

Entendo que, em muitos casos, devido a situações financeiras específicas, fica difícil ter um programa de bem-estar mais estruturado. Mas a empresa pode dar um primeiro passo com conversas individuais, happy hours, ou simplesmente estimulando o cumprimento das pausas e do horário de trabalho ou mantendo atenção às possíveis sobrecargas.

Nestes novos tempos, o que prevalece é o local onde as pessoas se sentem mais produtivas, criativas e felizes. De um lado, a quantidade de horas trabalhadas perde força; de outro, os resultados apresentados serão cada vez mais essenciais para o sucesso dos colaboradores dentro das organizações.

O futuro do trabalho reserva-nos muitos desafios, mas também muitas oportunidades. Temos de pensar em novas formas de trabalho em equipa e novas formas de liderança. A empresa tem de se adaptar a esta nova realidade criando condições para que os colaboradores possam realizar as suas tarefas. A digitalização dos processos favorece o trabalho. Uma cultura organizacional digital bem-sucedida requer que os líderes deem autonomia às suas equipas. Cabe às lideranças das organizações garantir que o urgente investimento na transformação digital seja acompanhado de estratégias que a tornem sustentável e responsável. E com a pandemia o processo de transformação digital foi acelerado.

É um excelente momento para as organizações refletirem, analisarem e discutirem o futuro do trabalho.

José Luís Canedo
Financial Manager
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