A liderança no feminino é um tema que, infelizmente, ainda tem muito pouca relevância e força no meio empresarial. São várias as razões que fazem com que este assunto seja tão sensível, sendo a desigualdade de géneros a mais evidente e importante.
Embora ao longo dos anos a diferença de géneros tenha sido atenuada e que as mulheres estejam a conquistar, cada vez mais, posições de chefia e de destaque, ainda existe uma grande discrepância entre mulheres e homens em Portugal e na União Europeia.
Segundo os dados da Eurostat referentes ao terceiro trimestre de 2020, em Portugal apenas 36% das pessoas em cargos de gestão são do sexo feminino. Embora, Portugal se situe acima da média europeia no número de mulheres na gestão, ainda existe muito caminho a ser desbravado e muitos preconceitos a serem quebrados.
Relativamente à taxa de emprego a mesma continua a favorecer os homens, uma vez que no terceiro trimestre de 2020, a taxa de emprego na União Europeia, para pessoas dos 20 aos 64 anos é de 66,6% para mulheres e 78,3% para os homens, segundo a Eurostat. As diferenças de género são notórias sendo que se vão acentuando à medida que vamos descendo no nível de educação.
Todos estes indicadores são o reflexo de uma sociedade que ainda diferencia as mulheres dos homens, colocando a mulher numa posição inferior e desfavorecida no mercado de trabalho.
Contudo, a liderança no feminino é uma excelente oportunidade para mudar paradigmas e inspirar as gerações mais novas a serem mais ambiciosas e a sentirem-se capazes de assumir cargos de liderança.
“Independentemente do género, da etnia, nacionalidade ou orientação sexual a verdade é que a diversidade permite que as equipas de trabalham ganhem diversidade e tenham maior variedade de pontos de vista, ideias, experiências, perceções de mercado e competências.” Clara Celestino, da Microsoft
A inclusão das mulheres na liderança trazem outras competências às equipas de trabalho, existindo uma complementaridade única.